O bitcoin obteve a maior alta em cinco meses na manhã desta sexta-feira, 8, frente à divulgação do relatório laboral mensal norte-americano NFP, que poderia acabar com as expectativas de que o Federal Reserve (Fed) iria diminuir o pacote de estímulos à economia em novembro.
A maior criptomoeda em valor de mercado subiu para 56.100 dólares, atingindo seu auge desde 12 de maio e elevando os ganhos mensais para 27%. No momento, depois de um leve recuo após a alta, é negociada por 54.500 dólares.
O relatório que denomina a quantidade de empregos gerados por mês – excluindo os trabalhos rurais – nos EUA está marcado para sair na tarde desta sexta-feira, 8, e a expectativa é que 500 mil empregos tenham sigo gerados em setembro, mais que o dobro do número de agosto, que ficou em 235 mil. A taxa de desemprego norte-americana pode cair de 5,2% para 5,1%, de acordo com a FXStreet.
A indiferença do bitcoin acontece por conta de seu mercado estar atualmente focado na especulação de que reguladores norte-americanos aprovarão em breve um ETF de futuros de bitcoin, abrindo as portas para mais dinheiro vindo do mercado mainstream. A criptomoeda aparenta estar bem firme, tendo se dissociado do mercado de ações e se recuperado muito bem do nível de 40 mil dólares, apesar de macro desenvolvimentos adversos na participação institucional, o que foi alertado pelo crescente premium de futuros listados na Chicago Mencantile Exchange (CME).
“O bitcoin está muito forte”, disse Pankaj Balani, CEO da Delta Exchange. “A criptomoeda digeriu todas as notícias negativas sobre a China nas últimas semanas, o que é um sinal muito positivo”.
“Houveram novas atividades de compra à vista de BTC, e olhando para a ação no preço, nós esperamos observar uma nova alta histórica nas próximas semanas”, disse ele. O recorde atual no preço do bitcoin é de 64.801 dólares em abril.
De acordo com a QCP Capital, de Singapura, houve uma quantidade gigantesca de compra de contratos futuros da CME. “Existem muitas razões para o otimismo: a estabilização da situação da Evergrande, possíveis aprovações de ETFs de bitcoin nos EUA, a adoção das finanças tradicionais, como o fundo de George Soros”, afirmou a QCP Capital.
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